domingo, 3 de julho de 2011


Eternas Lembranças

Há mais dez anos atrás, escrevi esta poesia para você, Vovó. Dei-lhe de presente, com as fotos que tiramos em meu estúdio fotográfico. Foi no dia 07 de janeiro de 2001. Lembra-se como você ficou toda metida!? Em 2006 partiu desta vida terrena... Mas hoje, como antes, dentro de mim vive e aquece meu coração e minhas memórias... Amar-te-ei Sempre... Maria José de Jesus!

   
É Vovó, infelizmente, o que a Senhora disse, é a mais pura verdade: “tempinho bom, passa de repente, deixando a saudade morando com a gente”.


E que saudade...

De dormir na rede, sobre sua cama;
De comer pipoca com o “arrozinho”
 Feito nas suas panelas de ferro;
De te ajudar a bagunçar o balaio cheio de novelos,
 Ao lado das cardas e da roda de fiar;
 De chupar laranjas,
 Descascadas por suas sagradas mãos;
 De brincar com minhas bonecas
 De cabeças de louça, sobre sua cama,
 Em noites de chuvas e trovoadas;
De tomar banho à beira do rio,
 Enquanto, nossa roupa a Senhora lavava;
De sair para as compras
 E “apertada”, fazer xixi na calçada;
De ouvir estórias,
Sentada no colinho mais gostoso do planeta Terra; De jogar na loteria,
Sem sequer saber o que era um time de futebol. Como o tempo passou rápido...
Hoje, mesmo crescida, de cabelos brancos,
Sinto-me a mesma menina,
 Todas as vezes que imagino a Gabriela
 Ocupando o meu colinho...
Sinto-me a mesma menina,
 Todas as vezes que pronuncio
A palavra mais doce
Já encontrada nos dicionários
 Deste mundão de Deus: Vovó.
Parabéns! Que Deus a abençoe hoje e sempre!
 A Senhora será para mim, no amanhã,
O que fora ontem e o que é hoje: Meu farol.

Cleide Arantes.


    

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