NO ÁLBUM DA
COMPAIXÃO
Observa: toda a Natureza,
por livro de Deus, em qualquer parte, parece um cântico de louvor ao auxílio.
Ignoro se já pensaste nas primeiras árvores da Terra, inclinando-se para as
aves fatigadas, a fim de que aprendessem a entretecer os próprios ninhos, nos
braços fortes que lhes estendiam. Nem
sei se já meditaste na piedade das flores primitivas do mundo para com as
abelhas cansadas e famintas, convidando-as pelo próprio perfume, a lhes
retirarem as pequeninas sobras de alimento nas corolas acolhedoras, a fim de
que não tombassem na exaustão, quando à procura de recursos que lhes
facultassem o fabrico do mel. Até hoje as árvores não se queixam dos
pássaros que lhes deixam os ramos menos limpos e as flores não protestam contra
as abelhas quando lhes aparecem, através de sucessivos enxames, a lhes
dilapidarem as pétalas nutrientes. Árvores e abelhas sabem, instintivamente, que a Divina Providência não
lhes faltará com a chuva a lavar-lhes todas as folhas e com o acréscimo de
seiva, destinadas a reajustar-lhes o sustento. Não será semelhante lição dos
agentes simples da natureza determinada mensagem da vida, concitando-nos à
prática da bondade, de uns para com os outros? Onde estiveres, compadece-te de teus irmãos. Esse precisa apoiar-se
em teus ombros para a caminhada difícil, aquele te aguarda o concurso fraterno,
de modo a manter-se de pé, na marcha dos dias. Abençoa e socorre sempre. Em muitas ocasiões, penso que o ensinamento
do Cristo, acerca do perdão, se revestiu de outras derivações no campo das
atitudes. Algum dos companheiros haverá perguntado ao Senhor: Mestre,
quantas vezes, devo auxiliar meus irmãos? E, decerto, Jesus terá respondido: Não
te digo que auxilies uma vez, mas setenta vezes sete vezes.
MEIMEI
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