ILUMINEMOS O CORAÇÃO
Iluminemos o
coração, com a lâmpada acesa do amor, cada vez que a nossa palavra se dirija
aos irmãos desencarnados, ainda presos à turvação de consciência. Lembremo-nos
de que nos achamos, à frente de enfermos, requisitando-nos compreensão e
carinho. Quem se atreveria, em nome da bondade, a cercar um náufrago desditoso
com o manto opressivo da curiosidade descaridosa, ao invés de oferecer-lhe
pronto socorro? Não lhe bastaria o tormento da inquietação nas ondas escuras da
morte?
Quem se dispõe ao
amparo dos espíritos amargurados, em desânimo e desespero, precisará erguer a
própria alma à sublimidade do amor mais puro,
a fim de socorrer
com proveito. Muitas vezes, as objurgatórias e reprimendas dos grandes juízes
não conseguem, junto dos irmãos transviados, um centímetro de renovação edificante,
suscetível de ser alcançada pelo estímulo carinhoso de uma simples frase
paternal. Todos possuímos desafetos do passado. A Terra ainda não é residência
das almas quitadas com a Lei. Todos somos devedores ou doentes em reajuste.
Por isso mesmo, em
nos comunicando com os adversários ou companheiros do pretérito ou do presente,
mergulhemos a alma na fonte cristalina da boa vontade com Jesus, para que as
nossas palavras não soem debalde. Só o amor atravessa as paredes compactas do
cárcere em que a ignorância se aguilhoa à penúria de espírito, conduzindo aos
antros sombrios de nossos débitos a santificante claridade da libertação.
MEIMEI
Nenhum comentário:
Postar um comentário