O
Dia de ontem Passou...
Mais
um dia Iluminado Chegou
Para
aquecer as minhas folhas, o meu caule...
A
terra que me circunda...
Mais
um dia Iluminado Chegou
Para
brilhar junto à vida
Que
Alegremente me cumprimenta...
Diante
das curiosidades de meu filho que acabou de fazer seis anos, fico
encantada em ver como os pequeninos de hoje são inteligentes... Sua
fala é a coisa mais gostosa e pura da face da terra... Mesmo que
eles pensem que podem ser fortes e resistentes e também firmes nas
suas convicções, são encobertos pela “manta da pureza, da
certeza, da confiança e do encanto”... Ontem tive um exemplo desta
“pura confiança” no momento em que minha irmã ligou para meu
filho dizendo ser a Xuxa – como ele ficou emocionado! Como ele foi
sincero em suas explicações e indagações! Como ele acreditou
“naquela verdade aparente” que desfilava a seus olhos... Mas, quando
a criança se depara com “o desencantamento” de uma forma tão
dura para sua “cabecinha cheia de fé” em suas crenças!? O que
então virá como resposta!? Precisamos ter muito cuidado com as
brincadeiras que fazemos com nossos pequenos... Uma descoberta
desastrosa pode “mudar o rumo dos acontecimentos”... Daí surge à
falta de confiança nos outros (principalmente no papai e mamãe); a
falta de confiança em suas próprias capacidades; a mentira, etc...
E fico mais preocupada ainda com os “obstinados conceitos” que
poderão povoar suas mentes e podem por acabar crescendo de modo
pouco flexível cedendo feio frente às tormentas e os tormentos da
vida que estão por viver. Existe alguma saída inteligente para que
os ajudemos!? Fazer opção por ser um pouco mais complacente, é um
tipo de exercício que podemos ensinar de que forma a nossos filhos!?
Copiando os bambus que se dobram com o vento, sem se quebrar para em
seguida erguer-se, demonstrando a clara rebeldia dos que não
obedecem, mas sabem esquivar-se do mau tempo!? Como, se hoje se tem
escassez até de Bambus para que eles possam fazer esta “relação”!?
Hoje, sem “a real observação” de alguns movimentos simples da
natureza, torna-nos mais difícil ainda “adaptarmos algumas teorias
à nossa prática diária”. Quem sabe, por isso e muito mais,
muitas das vezes demoramos bastante em entender o que acontece à
nossa volta!? Aliás, já com meus cabelos brancos, ainda não sei o
porquê de muitas coisas – como, por exemplo, aquelas pessoas com
as quais a gente convive todos os anos seguidamente não se lembrar
da importância de se dar um abraço “em um suposto amigo” em um
dia considerado tão importante... É não deve ser maluquice de
minha parte “inventar uma teoria para diferenciar aniversário de
brotamento”... Parece que “o não entender” quase tudo o que
acontece ao nosso redor é algo considerado normal pela maior parte
das pessoas... Depois, creio que não sou exceção à regra – até
as árvores não sabem contar suas folhas, muito menos precisar o
tamanho de suas raízes... Tampouco aprendi numerar minhas manhãs
nem as poucas façanhas que ainda permitem meu existir... Só quero
continuar me especializando na “arte de me doar”... Sei que posso
dar, porque tenho... E o que tenho quero e preciso “cultivar” com
atenção e cuidado... Muitas das vezes nossas emoções egoicas nos
levam a “enfraquecer” as raízes do que levamos anos para
plantar... E sei bem que se não houver de minha parte esta constante
vigília, poderei me esgotar e me igualar à estas pessoas vazias...
Que não dão o que não podem dar, exatamente porque não tem...
Estão vazias do essencial e cheia do que julgam ser importante para
alimentar seus “ricos egos”... Vazias elas vivem... E totalmente
vazias elas morrem... Penso que Temos tanto na vida como na morte o
que escolhemos ter... Diariamente, fazemos as simples escolhas que
formam “a função” na matemática de nossas vidas...
Cleide
Arantes
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