Ao Resgate da Velha Sinergia

Fim de Ano – que me reporta ao que escrevi há exatamente um ano atrás sobre o dia em que se comemora o enlace matrimonial de meus pais. Este dia jamais deixará de ser comemorado – ainda sou um vivo resultado desta união. O casal Adão Garcia e Ilda Arantes faz parte do marco inicial de minha história de Vida. Mas eu pergunto: o que pode ter acontecido no decorrer deste relacionamento para chegar ao final antes do findar de suas existências nesta vida terrena!? O que pode ter lhes faltado!? Que tipo de sentimento ou emoção existiu em excesso!? Será que o que faltou na convivência de meus pais pode estar faltando na convivência das pessoas de um modo geral!? Quero a partir de agora refletir sobre duas palavrinhas bem parecidas: Compaixão, Empatia – que possuem conceitos recentes com significados antigos!? Começando por Empatia – Bem definida em vários dicionários: “capacidade psicológica para se identificar com o eu de outro, conseguindo sentir o mesmo que este nas situações e circunstâncias por esse outro vivenciadas”. Dizem os entendidos no assunto que para se ter empatia, o primeiro passo é OUVIR. Mas parece que tem muita gente boa que não ouve com a intenção de compreender; ouve com a intenção de retrucar. Ou estão falando ou se preparando para falar com base em suas crenças individuais. Quem diz que está ouvindo pode estar ignorando, fazendo de conta que ouve balançando a cabeça, ouvindo apenas o que lhe interessa ou sendo educado e tudo isso está longe de ser “ouvir de maneira empática”; que implica em uma pessoa se colocar no lugar de outra e sentir o que a pessoa sente, seja dor ou prazer. Stephen Covey diz que devemos criar sinergia, como hábito de comunicação empática: “A sinergia é estimulante. São fantásticas a abertura e a comunicação que ela pode gerar. As possibilidades de ganho verdadeiramente significativo, de melhora significativa são tão reais que vale a pena o risco que tal abertura acarreta.” Poucas pessoas foram treinadas para ouvir. Mas para aqueles que desejam incrementar sua capacidade de comunicação devem se tornar ouvintes melhores entendendo profundamente o outro ser humano a partir das referências dele. Só assim conseguiremos um processo de ganha-ganha, onde os fins e os meios são iguais. Num mundo em que a bola da vez é “O Sr. Ego”, que por sua vez, enfatiza o enaltecimento do “eu”, a empatia parece “fora de moda”. Stephen Covey nos sugere a criação de sinergia; daí me vem à mente óleos essenciais – digo óleos (que são naturais – originados de raízes, folhas, flores, etc..) e não essências, que são sintéticas – E mais uma vez me sinto envolvida na espiral de Teilhad de Chardin, voltando, descendo, retornando às origens à procura da Salvação – chegando à triste conclusão de que o terrível afastamento da Natureza, está nos levando dia a dia ao caos – incrível, não!? E então o que pode nos devolver a vida harmônica senão o que por si só já possui esta harmonia em abundância!? E todos responderemos é claro que é a Mãe Natureza. Os óleos essenciais, assim como as essências Florais descobertas por Dr, Bach poderão nos ajudar a resgatar muitas das nossas “adormecidas qualidades” que acabam por serem erroneamente expressadas através de nossas emoções. E o resgate da empatia é um dos trabalhos que precisamos incluir em nossas agendas a partir de hoje – para que possamos através da empatia trazer o altruísmo de volta, o olhar para o outro. Só se ouve as duras justificativas egoístas: “estou cansado de pensar só nos outros; preciso pensar mais em mim!”. Será que já paramos para pensar no que poderia acontecer se todas as pessoas resolvessem manter esta mesma atitude egoísta!? É bom que passemos a pensar e refletir NO MUNDO QUE QUEREMOS TER DE VERDADE – antes que seja tarde demais. A Compaixão!? Ela sim... Ela você procurará descobrir se é um dos ingredientes, um dos adornos ou pratos principais de sua VIRADA DE ANO. E se ela não estiver inserida em sua Grande Festa de Vida na Virada – aí, sua vida com certeza não será um mar de rosas – pois “na poção mágica usada” contra as armaduras das forças do mal, ela é um dos Ingredientes principais da Sinergia – sem ela você estará vulnerável aos “normais malefícios” apresentados por todos aqueles que se encontram insatisfeitos com suas próprias vidas e fazem questão de andar “em comboio”. Cuidado! Fazendo opção por esta ida – na volta poderá correr o risco de se deparar com a escassez de bilhetes. Vale a pena refletir a respeito e se preciso for, “não se aveche” – refaça sua rota!

Cleide Arantes