A Alegria do Sol de
mãos dadas à Exuberante Beleza da Arnica
Há alguns
dias atrás, Observando pela janela as
Flores maravilhosas de uma Arnica Silvestre (ou Arnica Brasileira) que fora
plantada por meu companheiro em uma caixa de isopor, como num passe de
mágica, lembrei-me de minha avó, logo depois de meu pai e junto a estas
lembranças a Saudade que “me dizia onde
meu coração estava querendo passear” – Meu coração sentiu saudades e meus
ouvidos se reportaram à magia e ao prazer em ouvir os sábios ensinamentos sobre
a riqueza das propriedades da Arnica feitas pela vovó que aprendeu fazendo...
Fazendo com Amor cada uma de suas “poções mágicas”. Mas onde estaria a vovó
naquele instante? E meu Pai? Sinto Saudades... E uma Vontade enorme de
Chorar... E Chorei... Meu pai partiu recentemente – num momento em que a arnica
não possuía nenhuma flor. Hoje está em plena floração – querendo me dizer algo.
Parecia querer vir estar comigo em meu quarto... Fazer parte de minha
intimidade... Ouvir-me... Compartilhar a sua energia de vida comigo... Quem sabe ela também já sabe que “estar bem
sempre, sentindo-me inteira e com muita vida me proporcionará continuar sendo o
socorro daqueles que precisam se valer de meus ouvidos”? Senti ouvir da mãe
Natureza que cuidasse muito bem daquela arnica; pois ela estava ali para também
me cuidar. O Choque que havia tido ao receber a notícia de que meu pai havia
partido – poderia ser aos poucos tratado com aquela flor maravilhosa – que
irradiava Vida, Beleza, Prazer e muito Controle diante “das ventanias do mês de
agosto”. Passei a pensar, então em todos os benefícios que uma planta como
aquela nos mais variados lugares já pôde trazer para tantas gerações – por que
então não podia incluir este benefício em meus dias!? Ah! E por incrível que
pareça temos afinidades em comum importantíssimas – Ela é Mineira, sô! Como passou a ser o
melão-de-São Caetano que brincara tanto em meus tempos de Criança – Lembro-me
de um terreno baldio que circundava os arredores do quintal da casa da vovó que
era coberto por eles. Havia um buraco enorme Com Um Magnífico Pé de Ingá (que coisa milagrosa aquelas bagas peludinhas e deliciosas dos seus frutos!). Buraco este que
separava nosso quintal do quintal da vizinha – ali sim, eles eram abundantes...
E com eles, eu e minhas irmãs fazíamos “de um tudo”... Vezes colhíamos bacias deles ainda verdinhos
para brincar de “fazer comidinha” no fogão à lenha em miniatura que ganhamos do
vovô; comíamos também crus – e tinham um gostinho bem amargo. Para quem era
acostumada a comer jiló e Jurubeba – aquele tipo de amargo era fichinha! Já
maduros, suas sementinhas eram deliciosas... Não tínhamos a menor noção do seu
valor fitoterápico, muito menos a certeza de que pudesse ser usado na culinária
– comíamos mais ou menos escondido (minha irmã fofocava à vovó e ela dizia: se
é remédio às porcas que vão parir – não fará mal algum a vocês que serão mães
um dia!). Hoje, as pesquisas científicas estão aí para quem quiser ver –
falando alto e em bom tom da sua importância para o combate de doenças e para o
controle da dengue, como também na culinária para o preparo de pratos
considerados deliciosos feitos com o nosso melãozinho de bruxa como o
chamávamos (por ter uns espinhozinhos moles em sua superfície – que ao se abrir
– em três partes parecia mais um chapeuzinho de bruxa). Poucas são as pessoas
que ainda o adotam como “cerca viva” e poucos também são os terrenos baldios
que podemos encontra-lo.
Suas Flores são delicadíssimas – de um amarelo-claro
encantador. Dizem que esta planta foi
trazida da África ao Brasil pelos escravos, que usavam sua infusão contra
febres e em banhos para facilitar os partos (Como a danadinha da vovó era
certeira!). E Porque será que o batizaram com este nome!? Agora o mais
interessante da história é que segundo os registros, os primeiros escravos que
chegaram ao Brasil tomaram o destino da região “do ouro” – em Minas Gerais, em
especial Ouro Preto e Mariana. Trouxeram as primeiras sementes e as plantaram
ao redor de uma capelinha existente nas proximidades de Mariana. As sementes
germinaram e a planta cresceu e frutificou. O padroeiro da capela era São
Caetano, e os frutos eram parecidos com um pequeno melão. Em virtude disso,
batizaram definitivamente não só o fruto, como toda a planta, de
Melão-de-São-Caetano. Em meio às lembranças estava deixando de contar que por estes dias “em uma rua que nunca passei” lá o avistei – com
aquela florzinha amarelinha linda e todo esplendoroso com seus melõezinhos
entreabertos com suas sementinhas vermelhinhas a se mostrar repetidas vezes.
Porque fui ao encontro dela!? O que ela tinha de Sagrado para me segredar –
naquele cantinho, naquele beco que a vida me levou a novamente o encontrar!?
Quais serão suas Vibrações!? Como conseguirei em sua essência mergulhar!? Mais
uma vez a mãe Natureza – com seus encantos e magias me põe a questionar... A
Clareza de raciocínio é a única que neste instante preciso me agarrar. Sou uma
Mamãe Madura – que como o melão que vi, em tudo que lhe dá suporte, segurança e
clareza, procura se agarrar... Subir... Para de forma Concentrada seu tiro
acertar – O melão carrega em sua essência o segredo de seu perpetuar... Suas
sementes... Que logo logo poderão ou não germinar... O que o faz escolher esta
ou aquela “terra para a semente lançar”? Porque será que algumas de suas
sementes se recusam a “se deixar caírem e permanecem grudadas na casca do
melãozinho por mais que ele se abra e se desdobre!?” É vovó Tempinho bom passa de
repente deixando a saudade morando com a gente... Por mais que o tempo passe há
determinadas lembranças cuja magia – toda envolvida por um encanto único... Permanece...
Permanece como que “encravada” e indiferente a qualquer das circunstâncias que
a envolvam – como o tempo, por exemplo, que não me roubou sequer um pequeno
detalhe da beleza e da alegria que o fez permear em nossos tempos de crianças –
fiquei sabendo inclusive, que a polpa de seu fruto, misturada à vaselina
torna-se unguento que faz supurar furúnculos e abcessos; trata inclusive, picada de inseto. Já o sumo
das folhas verdes adicionadas ao óleo de amêndoa ou um óleo vegetal de textura
fina do tipo Girassol, uva ou Macadâmia trata queimaduras. Dizem que Contém
duas vezes a quantidade de potássio de uma banana; e também é rico em vitaminas
A e C, além de outros compostos químicos. Mas COMO SE TRATA DE ESTUDOS
FITOTERÁPICOS – é importante que SEU USO SEJA MONITORADO POR QUEM REALMENTE
ENTENDE e conhece suas propriedades – Mas as Flores... Estas sim, poderão
compartilhar “da energia que as envolvem
– Como? Ao nascer do sol, escolha as flores a serem colhidas. Peça licença e,
com reverência e gratidão, colha o que julgar suficiente. Arranje uma vasilha
de vidro transparente com a melhor água que tiver e mergulhe as flores nessa água,
deixando ao sol durante todo o dia. Ao entardecer, o floral estará pronto e
deve ser consumido no mesmo dia, pois não contém álcool – O mesmo você poderá
fazer com a Flor da Arnica, do Girassol, da Maria sem vergonha ou beijinho,
etc... Ao beber a água energizada pelo
Sol e pela alegria e beleza contidas na Flor escolhida por você – procure
sentir internamente a radiação do ser da planta, o que este “ser” está transmitindo a seus sentidos e ao seu
coração? Posso lhe assegurar que a princípio pode não ser tão fácil quanto
falar – mas faça! Também não será coisa de outro mundo e perceberá aos poucos
que estará dando os primeiros passos para uma relação intima e amistosa com os
reinos Elemental e Dévico do lugar onde você mora e também estará principalmente expandindo
sua percepção interior. Quanto mais íntima for sua relação com o ser da planta,
maior será sua capacidade de receber as mensagens das flores e os benefícios
curativos dos florais e da Mãe Natureza. A MÃE NATUREZA ESTÁ AÍ
BELA!... SINGULAR!... CHEIA DE VIDA E PRAZER PARA DAR!... E SENTIRÁ MUITO
PRAZER EM LHE AJUDAR A BUSCAR EM SUA ESSÊNCIA TUDO O QUE VOCÊ TEM DE BELO,
ALEGRE E PRAZEIROSO! Quem sabe assim nos será mais fácil entender a importância
do conselho também dado pela vovó: “Filha, não resista às marés... E Jamais
reme contra a correnteza! A lua Cheia não virá no tempo da minguante... E a
Nova esperará pela crescente! Os Índios vivem nas matas, não morre de frio,
fome ou por falta de Amor...Porque experimentando da forma mais simples
possível, aprenderam a Conviver com os Ciclos e o Ritmo da Mãe Natureza – que
por si só Representa o Amor Supremo”. E não é que é mesmo, Dona Maria! Quero
fazer um brinde à Mãe Natureza por ter me permitido ter o Prazer de ouvir Seus
Sábios Ensinamentos... E mais ainda... Ter o Seu Sangue correndo em Minhas
veias – Você sempre foi, é e será Minha Grande Mestra!
Cleide
Arantes.
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