ESTE É O TEMPO DA JUSTIÇA!
Jesus terá dito: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. Mas vós fizestes dela um covil de ladrões” - (Mc 11, 17 – Is 56, 7 e Jr 7, 11).
O templo de Deus é o mundo, e este planeta de predadores onde a confiança está ausente os homens fizeram um covil de embusteiros, trapaceiros, ladrões, corruptos, e líderes religiosos e políticos sanguinários ao serviço dos seus próprios interesses e dos bajuladores que os cercam, condenando à mais degradante pobreza a maioria dos seus irmãos.
Apregoa-se a alegria de viver, a confiança no homem e no futuro, uma ética humanista, o amor, a solidariedade, um paraíso para os pobres, mansos e civilmente obedientes. Como se os males do mundo sejam consequência única da desobediência civil e religiosa.
Será mesmo que a desobediência Civil é o problema?
Será que o problema do mundo não seja a obediência civil? Não seja porque que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência? Não seja porque as pessoas são obedientes no mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra, crueldade e tanta maldade? Não seja porque os seres humanos são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam os países? Não seja porque as prisões dos ladrões que governam o mundo estão vazias? E se fosse dito aos oprimidos, aos injustiçados, aos famintos, a todos os espoliados e desvalidos, como disse Jesus: Se não tendes uma espada, ide, vendei tudo o que tendes e comprai uma… Você não conhece este Jesus!? O revolucionário, discípulo de João Batista, que percorreu a Galileia e subiu a Jerusalém reunindo um exército de pobres tendo como objetivo principal estabelecer o Reino de Deus nesta terra? Você só conhece a personificação da paz? E o Jesus da guerra aos poderosos, aos ímpios, aos vendilhões e ladrões dos humildes e desamparados? O Homem capaz de afrontar as perversas autoridades judaicas e o próprio império romano, sabendo de antemão que acabaria sendo condenado à morte? Se quiser ser um Enviado, filho humano de um Deus dos pobres, expulsai deste Templo pelo chicote e pela espada, os vendilhões, os usurários, os poderosos, os políticos, ricos ignóbeis, juízes iníquos, autoridades sanguissedentas, ladrões dos pobres e oprimidos. Derrubai os seus tronos e recolhei suas moedas que distribuireis equitativamente pelos pobres.
O homem é de natureza um animal religioso. E sendo a vida sobre a superfície da Terra uma estada extremamente dura e constantemente envolta num manto de dor, o homem, condenado ao sofrimento e à morte física, busca no além, numa entidade que o transcende na sua perfeição absoluta, o consolo da perpetuidade. A angústia da existência é minimizada pelo prêmio concedido por um Pai de compaixão que o receberá no seu seio amoroso por toda a eternidade. Pelo exercício da Fé e Esperança experimentada nas Religiões, o homem deseja Deus. Desejo que está impresso no seu espírito, que é por Ele provocado para que o conheça e ame por intermédio DESTA FÉ que é tida como virtude sobrenatural. No cristianismo, a fé é uma adesão voluntária do homem à verdade revelada nas Sagradas Escrituras e pela Tradição, ESTA FÉ É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO. Mas, nas “imediações” das terras das religiões encontramos violência, vício, ostentação e pecado. A maioria dos adeptos são “ateus práticos”: vivem no pleno esquecimento de Deus, comportando-se como se Ele não tivesse ou tenha existência. Podemos chama-los religiosos-submarinos? Aqueles que assomam à superfície quando o perigo de afundamento é praticamente inevitável. Afirmam-se religiosos; mas os seus corações estão empedernidos pela ganância, violência, egocentrismo e falsa compaixão. Meu Deus! As religiões são um dos maiores produtores da guerra, da violência, do pecado, de falsos santos, falsos oradores, falsos curadores, sacerdotes recalcados, viciosos... Que nada produzem para além de palavras ocas, bastardos e violentados... Por isto e muito mais as palavras de Ghandi são extensíveis a todas elas, não se resumindo ao Cristianismo: "Amo o cristianismo, mas odeio os cristãos, pois não vivem segundo os ensinamentos de Cristo."
E qual o problema com a produção da violência, se a história do mundo foi sempre marcada por guerras devastadoras e por uma violência generalizada!? Você caro leitor consegue visualizar algum problema!? Mas, mais guerras do que anos, incontáveis são os mortos. Militares, homens, mulheres, velhos, crianças, todos serviram de alimento a ideologias religiosas, à ambição e ao capricho de líderes sem escrúpulos.
Quantos milhares de mortos numa história repleta de atrocidades, tudo como consequência de nauseabundos líderes religiosos e políticos “ranhosos”, numa violência sem limites... PARA E SE ENCHEREM DE EMPÁFIA A PRONUNCIAR “MINHA RELIGIÃO”... Neste mundo de nacionalismos, religiões, facções políticas, clubismo. Cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, budistas, democratas, comunistas, portugueses, chineses, sírios, alemães.
Buscamos um ou mais rótulos; buscamos companhia física e buscamos companhia nas ideias por receio da solidão. O homem tem medo de estar só – E acompanhados, covardemente maltratamos, assassinamos, participamos no massacre dos inocentes, com a crueldade e impiedade que só aos humanos reconhecemos, em nome de Deus, de uma qualquer religião, dos estúpidos nacionalismos e de todos os partidarismos. QUAL O SENTIDO DA VIDA? QUE REGRAS DEVEM PAUTAR A NOSSA EXISTÊNCIA?
Como encontrar sentido de vida em terras em que os senhores do capital e do poder estão acompanhados por um povo dividido por uma “asinina” comunicação social? Sim e que cresce numa velocidade assustadora – povo acrítico do futebol, dos concursos televisivos, das telenovelas, dos ídolos borra-botas, gigantes-pés-de-barro. Povo sem caráter, egocêntrico, completamente alheio à cultura e à sabedoria. POVO QUE ADORMECE AO SOM DAS MENTIRAS DE POLÍTICOS E SACERDOTES, que esbraceja quando acossado nos seus interesses, mas que com a rapidez que convém, olvida agravos e escândalos perpetrados a um sem número de desvalidos pelos poderosos, ladrões, e corruptos, sevandijas da humanidade decrépita, seguindo-os como dócil besta de carga.
Povo sem vontade própria, que vota nos seus carrascos e constrói de bom grado o seu palco e o dos seus semelhantes. Povo de vistas curtas que só consegue enxergar o seu próprio umbigo e é bastas vezes cúmplice ou executor das atrocidades ordenadas pelos mandantes deste planeta corroído pelo Mal.
É o povo nos países ditos democráticos que aclama e elege os ladrões e corruptos. É o povo que não quer enfrentar a realidade de que a sua miséria advém da corrupção no Estado, que alimenta uma turba de ladrões.
É o povo que alimenta as falsas crenças nas Igrejas improdutivas e lhes farta os cofres, santificando o pecado e a malignidade.
É o povo que idolatra homens e mulheres que mais não são do que esterco.
Se buscardes a mentira, a verdade manifestar-se-á e com os vossos olhos vereis a adversidade, a promiscuidade, a gatunagem, a indecência e o mal que impera junto aos os seus causadores.
Como não ter O SENTIMENTO DE INDIGNAÇÃO junto a mais indignação emergindo a cada segundo de minha essência!? Como não me valer dos “VERVAINS” de Dr. Bach respondendo aos apelos de minha Alma!? Quando olho o mundo, minado de miséria, de ausência de caridade e compaixão, lembro-me das palavras de São Jerônimo: “Vivemos como se fossemos morrer amanhã; mas construímos como se tivéssemos de viver sempre neste mundo. As nossas paredes fulgem de ouro, como os nossos tetos e os capitéis das nossas colunas; mas Cristo morre às nossas portas, nu e faminto na pessoa dos seus pobres.”
Precisamos aniquilar o mal. Destruir os “muros” dos templos, a ostentação das religiões. Dispensar os sacerdotes e outros vendilhões de falsidades celestes...
Precisamos queimar os livros ditos sagrados, com as suas crenças desesperadas – mas oportunistas.
Derrubar os regimes ditatoriais, destituir os políticos corruptos, renunciar a crenças e nacionalismos.
Obrigar os ricos, os governantes, os políticos, à restituição das fortunas conseguidas por meio da ladroagem instituída e legitimada pela indiferença de um povo diabólico.
Enfrentar corajosamente a violência gratuita de todas as autoridades, sejam elas quais forem. Envergar a “espada” sempre que o escândalo o justifique.
Sejamos nós mais um dos Enviados do Deus dos Pobres.
Estejamos atentos! A humanidade tem déficit de atenção. A realidade atual confina-se às novas tecnologias; NÃO É HUMANA é virtual. Temos de olhar a realidade de frente, vê-la tal qual ela é.
PRECISAMOS DE ATENÇÃO CONSTANTE! EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS, ABRINDO-NOS AO UNIVERSO ATÉ QUE ELE SEJA A NOSSA MENTE E A NOSSA MENTE ELE.
Libertemo-nos do apego, seja ele qual for. O nosso caminho não tem saídas exclusivistas ou paralelas... TEMOS DE IR SEMPRE MAIS ALÉM, na direção do horizonte, de novos horizontes, novos aléns, na certeza de que não entraremos no Reino de Deus com as riquezas que a traça e a ferrugem corroem.
A palavra religião provém da palavra “religare” – ligar, enlear o homem a Deus – SENDO A CIÊNCIA QUE NOS ENSINA O CONHECIMENTO DE DEUS, DOS DEVERES QUE NOS IMPÕE E DOS MEIOS QUE NOS CONDUZEM ATÉ ELE. O seu objeto constitui-se na ação que nos leva a alcançar a sua posse no seu próprio Reino, ou seja no Paraíso Celeste. Mas, O Deus dos cristãos não é corpóreo, é espírito. Infinitamente perfeito tem em si a razão da sua existência. Tudo pode e para Ele não há projetos impossíveis. É omnipotente; tudo previu desde a eternidade, e tudo ocorrerá inelutavelmente segundo a sua vontade, de modo necessário nas criaturas irracionais e livremente nas racionais. É Amor e a sua essência é simples, eterna e infinita. AMOU-NOS COM TAL INTENSIDADE QUE NOS DEU O SEU FILHO ÚNICO, PARA QUE TODO O QUE NELE CREIA NÃO PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA. Deus não enviou o seu filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele (Jo 3, 16-17). É verdadeiramente um Deus de Amor Supremo.
Seria a religiosidade o senso individual da união com o Todo?
A sociedade só se transformará quando cada um de nós se transformar!
Por que procurar fora o que está dentro?
Talvez assim se consiga manter uma multidão de sacerdotes que ao perder o emprego até teriam de dormir debaixo da ponte, ou agirem como se “mudassem de partido”, porque mais não sabem fazer do que enganar o povo com palavras vãs.
Por que procurar fora o que está dentro?
Talvez porque quanto mais incompreensível for à essência de Deus, maior a adesão à palavra de meia-dúzia de iluminados que nem em si mesmos se acreditam. Afinal, não vivem o que PREGAM...
Por que procurar fora o que está dentro?
Talvez porque como “o hábito faz o monge”, não será aprazível às igrejas ver os seus baús esvaziados das moedas depositadas, quantas vezes por quem vive no limiar da pobreza, principalmente quando se habituaram a viver na ostentação com dinheiro alheio.
O meu Deus – é o Todo onipresente, a Energia do Cosmos, o Cosmos que não principia nem acaba, que convive em meio as suas próprias CRIAÇÕES, que se refaz nas leis da natureza e que vagueia dentro destas paredes, em mim, fortalecendo-me na sua paz, nos jardins que me envolvem, que atravessa as fronteiras e que se estende até ao infinito.
É o vazio que se instala no vazio da minha mente. Quando quer, não quando eu quero... Ele está presente em tudo, mas onde Ele queira estar.
O meu Deus – Onisciente sabe tudo. Coisas que nem daqui a bilhões de anos nós, humanos, vamos saber, Ele sabe – Com o seu atributo de “onividente”, Deus vê em todas as direções, todo o universo, nada escapando à sua visão.
O meu Deus – Onipotente é o todo-poderoso, pode tudo, menos cometer pecado, que seria uma falta de amor infinito para com alguma de suas criaturas como Ele ama a Si mesmo. Dissemos falta de amor infinito porque os atributos de Deus são infinitos, não podendo Ele amar de modo finito, limitado – Não o poderia ser. Se o fosse tudo seria diferente e as minhas palavras “palha”. Deus não perderia tempo em reconhecer “vida de exclusividade” dando autoridade a papas, cardeais, sacerdotes, médiuns, pastores, presidentes e intelectuais. Ele vive e se faz presente pelo mundo a fora nas batalhas, com as crianças que morreram ingloriamente por culpa de todos nós. Ele sofre hoje com os que sofrem e rejubila com os que se alegram.
Deus sabe o quanto pode nos ser difícil amá-lo acima de todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Sabe como tudo isso é bonito de dizer, e ESTA FALA aqui neste plano terreno encontra-se situado bem próximo do impossível de praticar. Por isso, PEDE-NOS DISCILINA! PERSEVERANÇA! Ele apenas nos pede o possível! O POSSÍVEL QUE FEZ PARTE DA REALIDADE DE JESUS!
Por isso, em qualquer momento de nossa vida, nós podemos provocar EM NOSSA VIDA, uma reviravolta, buscando a nossa conversão ou regeneração, isto é, um renascimento espiritual, uma mudança total, ou pelo menos em parte, de nosso modo de ser, usando para isso a nossa vontade, o nosso livre-arbítrio, mesmo que encontremos pela frente algumas dificuldades, pois podemos superá-las com nossa força de vontade.
Quanto mais nós tivermos conhecimento, mais nos surge a opção de escolha entre o que é bom, amoroso, moral, certo, e o que é mau, imoral, errado. E como Deus é infinitamente bom, podendo, pois, vir Dele apenas o bem e coisas derivadas do seu amor infinito, então é como se Ele fosse um ser autômato, fazendo apenas o bem, automaticamente. É também como se Ele tivesse não um conhecimento para decidir entre o bem e o mal, mas um instinto de só fazer o bem.
Há, pois, um misterioso abismo entre os atributos infinitos de Deus e os nossos finitos! E assim sempre o será...
APRESENTEI-LHE O MEU DEUS! NESTE TEMPO DE JUSTIÇA, DESEJO QUE ESTE SEJA O NOSSO DEUS PAI!
APRESENTEI-LHE O MEU DEUS! NESTE TEMPO DE JUSTIÇA, DESEJO QUE ESTE SEJA O NOSSO DEUS PAI!
O nosso Deus nos pediu e nos pede que:
*Não façamos ao outro o que com justiça não queremos que a nós nos façam;
*Façamos pelos outro o que com justiça gostaríamos que por nós fosse feito.
Cleide Arantes.
Cleide Arantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário