quinta-feira, 28 de março de 2013


Morrer é Preciso.

Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte: “Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia”. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação... Não existe planta sem a morte da semente; não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma; não existe borboleta sem a morte da lagarta; isso é óbvio a morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo a fronteira entre o passado e o futuro. Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém. Quer ter boas amizades? Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo, mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência, respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos. Enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso “eu” passado, inferior. E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso. Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados. Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não mantemos as virtudes de criança que também são necessários anos, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos.  Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o “egoísmo” é o “egocentrismo”, para que nasça o ser que você tanto deseja ser. Pense nisso e morra. Mas, não se esqueça de nascer melhor ainda. O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Fernando Pessoa.

O verbo no infinito


                                                                 

Ser criado, gerar-se,
 
Transformar

O amor em carne e a carne em amor;

Nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se;

E despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...

Vinícios de Moraes

EM BUSCA DE UMA SEXTA-FEIRA SANTA

Estando ontem atendendo a “um religioso” que se encontra com alguns problemas de Saúde, me veio à mente algumas indagações, já que estamos a um dia da sexta-feira da paixão – e em muitos momentos escrevi algo em torno “da morte” que nos faz questionar a vida – quando perdi meu irmão ainda tão menino, meu avô mais querido, uma das melhores amigas que a vida me presenteou (acredito ter sido minha Alma Gêmea), minha avó Maria (uma das minhas mais fortes raízes), meu tio Nenê, nossa vovó Elvira e por último Meu Pai. Na continuidade dos dias estou sempre a fazer a mesma pergunta: “por que será que nestes momentos DE MORTE questionamos tanto o que deveríamos ter feito em vida e sempre acabamos por não fazer?”. Pois bem Amanhã, Sexta-feira da Paixão é comum que principalmente os Católicos façam promessas, além de deixar de comer seu alimento preferido, ou até mesmo deixar de fazer coisas que gosta muito nesse dia, como penitência. Será que fazem apenas “por costume!?” Qual será “A VERDADE IMBUÍDA NESTE ATO DE PENITÊNCIA!?” MAS E DEPOIS!? É... Exatamente aí que o bicho pega, porque não temos como correr de nós mesmos. E não paramos para pensar que nada vale nos penitenciar por um dia e logo depois reiniciarmos o processo de crucificação de nosso corpo Físico a partir do dia seguinte... O que nos restará a partir deste recomeço!? A DOENÇA!? E posterior a ela... A MORTE!? Uma pena que também não paramos para analisarmos a SERIEDADE DO FATO de que A DOENÇA NÃO É UM EPISÓDIO DA FATALIDADE OU ACASO – Ela surge em nossas vidas COMO UMA MENSAGEM DA NOSSA COSCIÊNCIA; COMO UMA MENSAGEM DO NOSSO SER INTERIOR. E será que se procurássemos decodificar estes sinais, estas mensagens, não estaríamos mais próximos da vida do que mais atolados aos processos que antecedem à morte!? AHHHHHHHH!!!!!! MAS É PRECISO QUE TAMBÉM HAJA DE NOSSA PARTE, COMPROMETIMENTO COM A VIDA! E essa iniciativa tem um preço... Um preço elevado! Infelizmente tem nos custado muito crescer e adquirir nossa responsabilidade e nossa liberdade... TEM NOS CUSTADO DE FATO A PRÓPRIA VIDA! E continua sendo a esse preço que a vida ganha ou perde todo o seu sentido... O que então podemos fazer PARA GANHARMOS VIDA EM ABUNDÂNCIA!? Para isso é necessário que renunciemos a nós mesmos; QUE RESSUSCITEMOS COM VIDA NOVA! E que não nos entreguemos às facilidades “dos atos penitenciais solenes” que possuem efeitos voláteis (sentimos, nos comovemos, choramos, prometemos... Mas desaparecem em frações de segundos de nossas memórias físicas e até emocionais)... PORQUE ACABADO O ATO CERIMONIAL; ACABADO O MECANICISMO, os apegos aos pequenos detalhes continuarão a nos encaminhar à MORTE. E a Vida ao Contrário da Morte Grita-nos POR MODERNIDADE NOS ATOS DE PARTILHA E COMUNHÃO DE VIDA... Que não venham apenas entreter a nossa própria ilusão – que não nos apresente em pele de cordeiro como a Novidade Tecnológica de Próteses compensadoras da nossa incapacidade de SER e de MUDAR verdadeiramente o que precisa ser mudado – que nos mantém enganados cada vez mais DA VERDADE QUE PRECISAMOS ter como roupagem principal em nossos atos corriqueiros para enfrentarmos O MEDO DE NÓS MESMOS... Como seria bom que este religioso que atendi deixasse a “religiosidade de lado, como diz Frei Betto” e passasse a viver a Espiritualidade; pois a Vida ao Contrário da Morte Grita-nos POR MODERNIDADE NOS ATOS DE PARTILHA E COMUNHÃO DE VIDA... Que nos conduzem ao transcender do medo do outro... O medo de que o OUTRO NOS ATRAPALHE, NOS FORCE A QUEBRAR NOSSAS INFUNDADAS “REGRAS DE MORTE”. Como seria bom que este religioso que atendi pudesse ainda neste tempo que lhe resta ACEITAR SEUS MALES... E decodificasse nos gritos desesperados que a sua vida e o seu corpo tem lhe enviado EPÍSTOLAS E NÃO MAIS SINAIS aos seus ouvidos tapados, ensurdecidos por todo esse barulho que tem lhe feito se agitar e se perder em meio às regras e aos detalhes escondidos na sombra da morte... Como seria bom que ele descobrisse, recepcionasse e compreendesse nestes sinais de alerta, hoje testemunhas de seus desequilíbrios, dores, tensões e sofrimentos, o principal motivo da mensagem – para então poder fazer o que for necessário para que SUA REALIDADE ATUAL mude e SUA MAIS NOVA POSSIBILIDADE DE VIVER DE VERDADE O EXTRAORDINÁRIO JOGO DA VIDA... ESTEJA APENAS RECOMEÇANDO... Como seria bom se este religioso pudesse ler o que escrevi e soubesse que foi para ele que a vida me intuiu registrar através de letras e palavras o que qualquer pessoa pode TRANSFORMAR EM AÇÕES que fortaleçam a vida.

Cleide Arantes.

 

 

 

 

sábado, 23 de março de 2013


Precisamos estar atentos
Aos sinais DA VIDA e DA MORTE!
 
É importante nos dedicarmos a viver “O Nosso Tempo de calma Interior” para desenvolvermos a quietude ao invés de tentar buscar fora o que internamente temos em abundância. O desafio é estarmos atentos “aos nossos sentimentos” de forma a deixarmos fluir o que está se passando, sem racionalizarmos ou mesmo querermos “tapar o Sol com a peneira”. Passou-se a brigar diariamente com seu parceiro, se pergunte: é preciso que seja assim, do nascer ao por do Sol!? O que tem “gerado todas estas brigas!?” Porque tenho permitido o “despertar do que tenho de horripilante em minha essência!?” Não há neste momento uma grande oportunidade para você transmutar algo importante!? A Vida tem lhe testado ou você está fazendo o contrário!? Já parou para pensar que pode muito bem enfrentar a verdade que está dentro de você, corrigir o que deu errado e conservar o que aprendeu!? E se assim fizer, poderá finalizar mais uma etapa de sua vida sem tanto sofrimento!? Seja RECOMEÇANDO DE MANEIRA SUPER DIFERENTE O QUE LHE NORTEOU A OPOSIÇÃO OU AINDA PARTINDO DA ESTACA ZERO – fazendo, por exemplo, “o que sempre pensou em fazer” – mas que por algumas Cargas d’água foi-se distanciando de seus principais objetivos e quando se deu conta “pensou não valer a pena voltar”. Mas será mesmo que não!? Você já procurou de verdade “se movimentar de forma contrária!?” Não!? Pois bem comece! Todo movimento feito começa a ter resultados... E o caminho continua... Não pare antes do tempo... Que Haverá de Celebrar a sensação de vitória!

Cleide Arantes.

Se correr o Bicho Pega...

Se Ficar o Bicho Pode me Comer!?

Se ficar eu posso Comer o Bicho!?

Ou Podemos nos unir para pescarmos Juntos!?

 
Diante de uma situação na qual as discordâncias aumentam e prevalece à desunião, a separação; e se é evidente que há oposição e distanciamento entre as pessoas, torna-se então, impraticável qualquer empreendimento em comum entre estas pessoas. Mas, embora a oposição seja quase sempre vivida como  um obstáculo indesejável, como ela tem a função de produzir atrito e, desse modo, gerar energia e atividade – se ESTA ENERGIA FOR USADA DE MANEIRA SENSATA E INTELIGENTE, UMA SÉRIE DE AÇÕES POSITIVAS SURGIRÃO DA ENERGIA DE OPOSIÇÃO. O Céu e Terra são diferentes, mas agem em comum, criando e multiplicando a vida sob as mais diferentes formas. Do mesmo modo, homens e mulheres representam polaridades diferentes, porém complementares; eles se atraem e buscam a união, tocando o elemento comum em meio às diferenças. E, justamente porque o eterno jogo dos polos opostos segue as leis do cosmo podemos nos deparar com a boa sorte DA ARTE DO RECRIAR – especialmente se procurarmos compreender as coisas como elas são sem forçar ou se precipitar. A chave está em saber adaptar-nos às diferenças. Não podemos mudar o mundo, mas está ao nosso alcance um gesto, pequeno, mas de imenso alcance: o acolhimento da diversidade de forças, que dá vivacidade e renovação à vida celeste e terrestre. Mesmo porque como diz o ditado: “Em qualquer companhia o homem nobre mantém sua individualidade”. O que quer dizer que Mesmo quando existe concordância e convivência com outras pessoas, o homem que busca o conhecimento superior deve manter e aprimorar sua identidade. Ele não precisa abandonar a convivência social, mas precisa sim, tomar todo cuidado para não se deixar contaminar pela vulgaridade de “algumas coisas”. E a contrapartida também é verdadeira para o grande homem: quando o momento exige, ele deve assumir uma disposição ativa e, de forma correta e honesta, deve buscar a concordância entre os demais homens com os quais dividem um espaço aqui neste Universo de Deus Pai e Criador de Todas as Maravilhosas formas de Vida. 
Cleide Arantes.  

 

 

Por escutar Uma Voz que Diz...

Que me falta Jeito

Para Domar minha Própria Fera...

É que Resolvi Contestar... E...  

Em meio aos atendimentos que tenho feito, de forma assustadora, vejo o quanto a “Confiança e a Aceitação” tem se distanciado de nossas experiências diárias – exatamente porque o caminho que “por livre e espontânea pressão” precisamos começar a trilhar tem início de partida definida em nós mesmos. Como iremos entender O OUTRO se recusamos a nos entender!? Se não o entendemos, como iremos aceitá-lo – principalmente quando chegamos à conclusão de que somos incapazes de admitirmos “nossa culpa, nossa fragilidade”!? Como nos colocaremos no lugar do outro quando o momento exigir que aceitemos que “o outro tem o direito de pensar e agir de forma contrária às nossas palavras, pensamentos e ações; sem contar o fato de que “o outro pode ter razão” ou então que também comete erros como cometemos diariamente”!? Para onde tem migrado a confiança em nós mesmos!? E a confiança que precisamos depositar no outro será alicerçada nas “vãs filosofias” que extraímos das vivências alheias!? É bom que paremos para refletir um pouco do que cabe a nós e não ao outro mudar – para que passemos a ter um pouco mais de Harmonia em nossos dias aqui nesta vida Terrena. A seguir você terá a oportunidade de continuar esta pequena reflexão a partir de um texto de Roberto Shinyashili – espero e desejo que lhe seja de grande utilidade. Se achar que vale a pena dar continuidade, leia todo o livro – só terá o que somar! Lembre-se da Música “Caçador de Mim” e Tenha uma excelente caçada!  Muita Luz em Sua Empreitada à procura de você mesma (o)!!!

Cleide Arantes.   

Contam que Deus não queria que a Verdade fosse algo fútil e banal; então, conversando com os anjos, pediu sugestões de onde colocar a Verdade para estimular os homens nessa busca. Um deles disse: “Coloque a verdade no fundo do oceano, assim os homens terão que mergulhar no mais profundo para atingi-la”. Outro lhe disse: “Coloque nas estrelas, assim eles terão que subir para alcança-la”. Finalmente, disse-lhe outro: “Coloque dentro deles, assim cada um estará sempre em contato consigo mesmo ao procurá-la”. Mas parece que a maioria de nós continua procurando a Verdade nos títulos, nas posses, nas propriedades e no controle dos outros. Logo, cada vez mais, o EU atrapalha, o EU que tem sono quando se quer trabalhar infinitamente para, cada vez mais, Ter mais. O EU que se apaixona, quando não se quer envolvimento para não precisar de alguém. O EU que tem estafa quando não se pode parar. O EU que fica enfermo, quando não quer adoecer de solidão. Então, cada vez mais, o EU passa a ser o maior inimigo. E a natureza não perdoa! Se você precisa estar mais em contato consigo mesmo e não valoriza esta necessidade, surge então aquela dor de cabeça, aquela insônia, aquela angústia! Tem gente que só fica consigo mesmo quando está doente. Se você, ainda assim, não se liga, vem o enfarte e aí você tem que ficar consigo mesmo… É como diz a máxima: “AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO”. Com o mesmo desprezo que alguém tem pelas suas necessidades, seus desejos; com o mesmo desamor que você tem por si próprio, acaba desamando o outro! Assim, cada um de nós passa a colocar uma máscara para esconder-se, pois o importante são as expectativas, e não o SER.… E cada vez mais … SOLIDÃO! E a gente acaba esquecendo-se de que tem um título de sócio remido do Clube dos Seres Humanos. Um clube sem taxas, onde as pessoas podem amar-se, encontrar-se e, inclusive, realizar-se individualmente, apesar da potência do grupo. Esse é um lugar de abundância de carícias, onde as pessoas se afagam e podem sentir carícias como o amor, a confiança e a aceitação. A maior parte das pessoas, contudo, prefere apagar uma taxa cara, pagar com o preço da vida, negando a alegria, fugindo do encontro, perdendo o respeito ao amor. Sem dúvida, um preço muito alto. Muita gente prefere, ainda, freqüentar o Clube dos Solitários, dos Deprimidos. Um clube de problemas, desculpas, explicações e acusações, montado em apartamentos individuais, garrafas vazias, geladeiras à meia-noite e hospitais. Nesse clube, os esportes preferidos são: concurso para quem trabalha mais; dificuldades sexuais; comprimidos; competições, desconfiança; insatisfações. O clube dos Seres Humanos está aí, para TODOS. O que é CORAÇÃO ABERTO e DISPOSIÇÃO PARA SER FELIZ! Cooperar é importante também. E lembre-se: NÃO CUSTA NADA! E muitas carícias para você e para os outros!  

Retirado do Livro: A Carícia Essencial – Roberto Shinyashili – 134ª edição