sábado, 31 de março de 2012



Dom Hélder se manifesta...

 


"NOVAS UTOPIAS

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco. É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Elder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz. Em 1969 - Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos. Foi intitulado cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau, na Suiça e Rocamadour, na França. Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais. Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966 a 1.975 e tem 30 livros publicados. Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas ideias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento. No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, consequentemente, a todos os filhos de Deus. A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos. Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:

Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.  Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso? Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos  agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia. Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado? Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.Como é sua rotina de trabalho? A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria? Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo. O senhor, depois de desencarnado. Tem estado com frequência nos centros espíritas? Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais frequente não é na casa espírita. O senhor já era reencarnacionista antes de morrer? Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural. Mediunidade - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente? Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica? Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes. Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica? Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual.
Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país? Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira? Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro. O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade? Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito. É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física? Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma consequência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais. Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual? Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral. Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade? Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece. O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel? Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática. Espíritas no futuro? Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual. Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual? Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo. Amor - Que mensagem o senhor daria Especificamente aos católicos agora depois da morte? Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranquilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade. Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas? Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços. Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral? Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar. "


Livro: Novas Utopias
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux
site:
 http://www.editoradufaux.com.br/
Pequenas Verdades que dizem Tudo...


O incompleto será cumulado
O tortuoso será endireitado
O vazio será enchido
O consumido será renovado
Possuir pouco é grande aquisição
Possuir muito é grande erro
Por isso o Sábio
Atendo-se ao Princípio, esquece-se de si,
E de todas as coisas
Sua presença é modelo para todos
Não se exibe, e por isto resplandece;
Não se vangloria, e por isto sobressai;
Não se jacta, e por isto glorificasse-o.
Não se exalta, e por isto é elogiado,
Porque não propõe luta
Ninguém, dentre os homens, luta contra ele.
Os homens antigos disseram:
Sê humilde e te manterá íntegro
Podem estas palavras considerar-se vazias?

Tao-Te-King

Mergulhando na Profundidade de um Pensamento...


“ Sejamos simples e calmos
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á
Fazendo de nós belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos...”

Bachelard


NEM TUDO É FÁCIL


É Difícil fazer alguém feliz,
Assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer Eu te Amo,
Assim como é fácil não dizer nada.
É difícil valorizar um Amor,
Assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje,
Assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom,
  Assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que é feliz,  Assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir,
Assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém,
Assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível.
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
Para que não apenas sonhemos
Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
Cecília Meireles.



sexta-feira, 30 de março de 2012

MULHERES FORTES... ESCUDEIRAS DE DEUS!


Sempre fui Fã da Madre de Ferro (Santa Teresa de Ávila). Talvez porque Deus Tenha me dado à oportunidade de me deparar com algumas delas em minha jornada (como por exemplo, Minha Mãe, Irmã Maristela, Dona Elizabeth, Romilda, Gilma, Elizete Misson, Ivodi, Maritônia, Maria Cândida, Sarah, Elvira Domingas, etc...)  Procuro ter em mente alguns de seus ditos para refletir em momentos em que “meu ego” quer ultrapassar minha capacidade de “ir ao encontro do outro” em busca de COMUNHÃO. Em busca da ENERGIA COMUNGADA COM O OUTRO que me faz melhor do que sou sozinha. “AS TERESAS” SÃO REALMENTE MUITO ESPECIAIS. Enquanto a Teresinha do Menino Jesus nos direciona ao valor das pequenas coisas, A TERESONA revoluciona dizendo em outras palavras, que seremos imperfeitos enquanto nos permitirmos; enquanto fizermos questão de mantermos desconectados com A RIQUEZA da nossa Essência CRIADORA que pode comungar e Partilhar de todas as qualidades, de todas as Dádivas Divinas de que dispõe – mantendo-se INTEREGIDA AO OUTRO que existe ao nosso redor, exatamente para que se possa cumprir A VONTADE DO CRIADOR. Nem sempre a NOSSA VONTADE é a Vontade de Deus Pai – hoje minha vontade era a de gritar bem alto aos quatro cantos do mundo pedindo colo a uma destas mulheres de ferro que fizeram ou fazem parte de minha vida – pois amanheci com uma saudade inexplicável de meu pai. Mas a vontade de Deus é que humildemente me dirija a um diálogo com MINHA MÃE UNIVERSAL – aqui, diante de um teclado e uma tela de computador – para que quem saiba outras mães, junto a Ela, também possam me presentear com suas energias Criadoras e Receptivas e me segurar no colo diante de um recurso que a tecnologia hoje me permite lançar mão; pois algumas das mulheres de ferro que a vida me presenteou, se encontram em um plano físico diferente do meu. E as que aqui ainda estão, sinto-me impedida de vê-las por me encontrar envolvida por “regras determinadas por uma quilometragem” que ultrapassa meus limites em poder alcança-las neste momento. Sendo assim, o teclado, o monitor, meus pensamentos e intuições me permitirão viajar “ao encontro do outro” que hoje, amanhã ou depois... Poderão me permitir sentir sintonizada com “A Energia Criadora e Curadora de todos os males” de muitos que sabem acolher e amparar aqueles que a buscam... Independente do veículo usado para locomoção no instante da procura. TERESONA saía com o ânimo de um jovem e a garra de uma fera “em busca de atender aos apelos e necessidades do outro” em meio à chuva com fortes tempestades, em meio à neve, em meio a qualquer intempérie imposta pela vida EXATAMENTE porque SUA ALMA SENTIA FLUIR DAS ENTRANHAS, “O PODER DA ALEGRIA E DA FORÇA DESTA VIDA VIVIDADA EM COMUM UNIDADE”. “Junto a Conventos, levantou asilos, orfanatos e albergues para receber andarilhos, doentes e aqueles que necessitassem de uma noite de repouso, debaixo de teto hospitaleiro. Em sua maneira de ver e sentir, não aceitava que conventos servissem somente para orações, canto e contemplação, propiciando mesmo a promiscuidade e indolência no trabalho do Bem.  Dizia: Não quero que façam do convento, uma casa de exploração. Eu quero que sejam um porto de salvação para enfermos, velhos e crianças. Quero o trabalho, que afugenta os vícios e a ciência que demonstra a Grandeza de Deus. Quero o simples, o natural, o fruto da investigação na oficina da natureza. Vocês, diziam para a Igreja, povoam o Céu de Santos. Eu quero homens sábios que sirvam de Catedráticos nas universidades deste mundo.  Que me importa dizia Teresa, se a Igreja me anula, eu engrandecerei minha religião com boas obras, e farei tanto pelos pobres, que estes me acharão justa. Para fugir das impressões negativas, dedicava-se por completo a consolar os desvalidos proporcionando trabalho a uns e albergue a outros. Fazer o Bem é a melhor oração. Para Deus, não existem pecadores, e sim filhos pródigos, que ao voltarem, encontram lugares certos a mesa, e colo carinhoso para recebê-los. Porque segundo Jesus, há mais festa e alegria no Céu, por um pecador que se arrepende, do que por todos os justos que ali estão. Embora fosse uma trabalhadora do Bem, reconhecia-se falha em muitas ocasiões, pois sentia ciúmes e dificuldade para perdoar. Mas sempre corrigida pelas suas queridas flores do Céu, que eram almas amigas. Além de muitas curas, fez brotar de um rochedo, água milagrosa ao toque de seus dedos. Água essa que curou muito males.  Madres diziam: Viremos aqui nos curar com essa água? Respondia-lhes Tereza: Não há necessidade que venham aqui para se curarem. O mundo é um repositório de saúde, porque a saúde está onde se pratica o bem. Não existem milagres. Nada além do que demonstram fatos naturais de leis ainda não conhecidas. Dentro de poucos séculos, o magnetismo será uma lei conhecida, que servirá tanto para curar como para desvendar recônditos mistérios. Será um auxiliar para determinadas ciências, e o milagre desaparecerá, dando lugar à demonstração da verdade científica. Sonhei com o dia em que se possa dizer: A Santa que adoram não existiu jamais! O que existiu e existirá eternamente é um espírito que caiu na lama e se levantou, lutou e progrediu, porque bem longe, UM ESPÍRITO DE LUZ, lhe dizia: Venha a mim! Sua alma minha alma! Por suas passadas, EU A PERDÔO. Teresa de Ávila, apesar de ter feito tantos prodígios e de haver assombrado o mundo com suas curas “milagrosas” e ter escrito inspirada pelo Espírito Santo e de haver sido admirada por tantos, pelo seu talento, por suas excepcionais virtudes, por ter dado um novo rumo à Nave da Igreja, e por ter sido a REFORMADORA DAS CONGREGAÇÕES RELIGIOSAS;  apesar de tanto saber e de ser, parecendo uma alma privilegiada, sentia que ainda tinha que estudar a ciência mais difícil de aprender – a de SABER PERDOAR!”.

São Frases de Teresa de Ávila:

“Quem ama, faz sempre comunidade; não fica nunca sozinho”.
“A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa”.
“Falais muito bem com outras pessoas, por que vos faltariam palavras para falar com Deus?”
“A amizade com Deus e a amizade com os outros é uma mesma coisa, não podemos separar uma da outra”.
“Uma prova de que Deus esteja conosco não é o fato de que não venhamos a cair, mas que nos levantemos depois de cada queda”.
Espero que possam ter um dia Lindo! Cheio de Pequenas Novidades Alegres! A Grandiosidade de cada uma delas será Uma Função Delegada ao Coração e aos Olhos de cada um em particular!
Um Grande Abraço!
Cleide Arantes!



segunda-feira, 26 de março de 2012

DEIXEM QUE AS FLORES CRESÇAM!
ELAS ESPERAM POR SEU AMOR!

Como Rubem Alves, Fico pensando na alma da pessoa que não vê beleza, não sente prazer, não fica feliz em ver crescer uma planta. Que estranho prazer é esse, de quebrar os galhos de uma árvore mansa, de arrancar as raízes que sustentam uma vida inofensiva!? Será que se trata mesmo de sentimentos de um torturador!? Alguém que tem prazer em “arrancar por arrancar uma plantinha linda e verdinha”; arrancar para jogar um pouco mais à frente ou ali mesmo, galhos de plantas em floração; quebrar galhos de uma árvore, sem necessidade, a maior probabilidade é que terá prazer também em fazer sofrer um animal ou uma pessoa. Ao meu sentimento inicial de indignação segue-se outro de profunda piedade: que deserto horrível e seco deve ser a alma desta criatura que não tem encanto e sensibilidade ao direito de viver. Sua alma tem medo das “onze horas”, das exórias em flor, da manjerona florida, etc... porque nela só há desertos. Infelizmente, a cada dia que passa, nós pais e mães horrorizamo-nos com os criminosos; e muitas das vezes viramos o rosto conscientemente em atitude impiedosa para um educador, negando em corrigir enquanto podemos “os pequenos atos maldosos de nossos filhos” como se estes fossem normais ou inofensivos. Milhares há que gostariam de juntar-se a eles. Se não o fazem é por falta de coragem. Contentam-se em quebrar galhos de árvores, arrancar folhagens floridas, pisotear erva medicinal, apedrejar animais que circulam ao seu redor... E um dia... Acabam por matar seus próprios entes queridos... Já que O AMOR, A ALEGRIA, A HARMONIA, A CLAREZA DE MENTE, A CERTEZA, A COMPAIXÃO, A ESPERANÇA, A FÉ...  Anormalmente cresceu do lado de fora da casa em que um dia estranhamente a apelidaram de LAR. Porque será que preferimos viver em estado de quaresma!? Porque será que preferimos enfatizar a morte!? Como seria bom que EM NOSSA PÁSCOA, pudéssemos nos deparar COM O RESSUSCITAR DAS QUALIDADES que nos fazem SERES ESSENCIALMENTE BELOS E PERFEITOS POR DENTRO E POR FORA – JÁ QUE COMO “VERDADEIROS PRESENTES”, FOMOS FEITOS À IMAGEM E SEMELHANÇA DE NOSSO CRIADOR! PODEMOS E DEVEMOS CRIAR VIDAS COMEÇANDO POR RESPEITAR TODO TIPO DE VIDA! Os Pássaros, as Flores, as Borboletas, como tudo que possui vida – estão aqui para EM COMUNHÃO UNIVERSAL serem COMO NÓS, partes integrantes da Nossa História que está sendo escrita no Universo – assumindo ao nosso lado, nada mais nada menos que O MAIS IMPORTANTE de todos os papéis: de PROTAGONISTAS. Eu Sou, Tu és, Ele é; NÓS SOMOS TODOS MUITO IMPORTANTES NESTA TELA UNIVERSAL TRAÇADA POR DEUS!
Cleide Arantes.            

segunda-feira, 19 de março de 2012

Roda Viva


Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ituiutaba, 09 de março de 2012.

Chuva que veio lavar e afofar a terra
Para receber a matéria que foi templo de Deus nesta Vida Terrena.

“Há momentos em que as palavras não resolvem”... E de fato, passamos uma vida tendo certeza de que cedo ou tarde nos depararemos com a “despedida passageira” – e quando nos vemos diante dela, sentimos como que imóveis, sem saber o que fazer ou para onde ir... Junto às incertezas, os medos, surgem não sei como, uma dor que vem da Alma e aperta o peito – de forma inexplicável! Por que será!? Sabe-se que as despedidas são necessárias para OS REENCONTROS; sabe-se que chorar, implorar, pedir perdão, fazer qualquer declaração de Amor ou Orar como se faziam nos tempos de Jesus na tentativa de se obter um milagre – não fará o tempo voltar... INFALIVELMENTE, O PASSADO PASSA A SER HISTÓRIA... Como é duro encarar a verdade de ter que passar a viver com as lembranças... Como dói separar de alguém que lhe segurou no colo, lhe deu a mão para lhe conduzir nos primeiros passos, sentou a seu lado para lhe ensinar algumas tarefas da escola, lhe abençoou quando você decidiu alçar voo e voar à procura de realizar os seus sonhos infantis; lembrou-se de abençoá-la mesmo distante, dia após dia – através das orações. E lhe segredou uma máxima do Amor: “Filha, você entenderá e saberá de Verdade o que é o Amor – quando puder segurar no colo e olhar nos olhos de seu filho; quando se deparar com as pequenas verdades que a partir deste instante surgirão para lhe ensinar que as suas não são as únicas e que o mesmo Amor que nos Torna muito Forte, também nos transforma na Criatura mais Frágil, quando vemos um filho sofrer sem nada poder fazer, além de pedir a Deus por ele; mas lembre-se Filha – não haverá sobre a terra uma dor maior do que ter que se separar bruscamente de um filho que desaponta para a vida”... E INFALIVELMENTE O PASSADO PASSOU A SER HISTÓRIA... Na sexta-feira passada há esta hora só Deus sabia com certeza da sua partida, Papai – porém Ele permitiu que O AMOR que havia nos unido, pudesse falar mais alto em meu coração – intuindo-me que o momento estava se aproximando – e que muito mais forte você foi ao se despedir de seu filho – há muitos anos atrás. Eu precisava me Revestir da Força que abrigava em meu interior para poder servir de âncora às minhas irmãs, ao meu irmão e minha mãe – que nunca deixou de lhe querer bem. Obrigada, papai! Obrigada por ter falado ao meu coração! As boas Lembranças que construímos juntos nos fará sentirmos sempre perto um do outro mesmo sem termos como certo quando ou aonde iremos nos encontrar. A despedida que me fez morrer um pouco por dentro, também há de permitir que me sinta no Céu ao me lembrar de que CONTINUARÁ SENDO MEU PAI.
Cleide Arantes.