sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Apenas Perceba, Sinta... 
Viva o que sente...


“Afinidade é sentir com…
Nem sentir contra, nem sentir para…
Sentir com...
E não ter necessidade de explicação
Do que está sentindo.
É olhar e perceber.”

Arthur da Távola

quinta-feira, 29 de novembro de 2012



Passo a Passo...


“Embora ninguém possa voltar atrás
E fazer um novo começo,
Qualquer um pode
Começar agora
E fazer um novo fim.”

Chico Xavier



A divindade dos homens


Houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram tanto de sua divindade que Brahma, o mestre dos deuses, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino. Resolveu então escondê-lo em um lugar onde seria absolutamente impossível reencontrá-lo. O grande problema era encontrar um esconderijo. Brahma convocou um conselho dos deuses menores, para juntos resolverem o problema.
– Enterremos a divindade do homem na terra, foi a primeira ideia dos deuses.
– Não, isso não basta, pois o homem vai cavar e encontrá-la.
Então os deuses retrucaram:
– Joguemos a divindade no fundo dos oceanos.
Mas Brahma não aceitou a proposta, pois achou que o homem, um dia iria explorar as profundezas dos mares e a recuperaria. Então os deuses concluíram:
– Não sabemos onde escondê-la, pois não existe na terra ou no mar lugar que o homem não possa alcançar um dia.
Brahma então se pronunciou:
– Eis o que vamos fazer com a divindade do homem: vamos escondê-la nas profundezas dele mesmo, pois será o único lugar onde ele jamais pensará em procurá-la.
Desde esse tempo, conclui a lenda, o homem deu a volta na terra, explorou escalou, mergulhou e cavou, em busca de algo que se encontra nele mesmo.


A coragem
De enfrentar seus medos


Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.
Então ele começou a temer os caçadores.
A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
– Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo-os…



Dia de Faxina


“Estava precisando fazer uma faxina em mim… Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados… Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais. Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões… Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas… E as coloquei num cantinho, bem arrumadas. Fiquei sem paciência!… Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste… Mas lá também havia outras coisas… e belas! Um passarinho cantando na minha janela… Aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!… Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas. Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante! Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão. Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos… Como foi bom relembrar, redescobrir tudo aquilo! Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista. Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar… E de recomeçar…”

Nunca é tarde para Recomeçar... Principalmente depois de Redescobrir Um Manancial de águas Cristalinas que sabe que pode chegar ao Mar...
Muita Alegria, Paz e Bem!

Cleide Arantes.


MUDANÇAS


HOJE EU VOU MUDAR
POR NA BALANÇA A CORAGEM
ME ENTREGAR NO QUE ACREDITO
PRA SER O QUE SOU SEM MEDO
DANÇAR E CANTAR POR HABITO
E NÃO TER CANTOS ESCUROS
PRA GUARDAR OS MEUS SEGREDOS
PARAR DE DIZER
"NÃO TENHO TEMPO PRA VIDA"
QUE GRITA DENTRO DE MIM...
ME LIBERTAR

"Parte Declamada"

HOJE EU VOU MUDAR
SAIR DE DENTRO DE MIM
NÃO USAR SOMENTE O CORAÇÃO
PARAR DE CONTAR OS FRACASSOS
SOLTAR OS LAÇOS
E PRENDER AS AMARRAS DA RAZÃO
VOAR LIVRE
COM TODOS OS MEUS DEFEITOS
PRA QUE EU POSSA
LIBERTAR OS MEUS DIREITOS
E NÃO COBRAR DESSA VIDA
NEM RUMOS E NEM DECISÕES

HOJE EU PRECISO E VOU MUDAR
DIVIDIR NO TEMPO E
SOMAR NO VENTO
TODAS AS COISAS
QUE UM DIA
SONHEI CONQUISTAR
PORQUE SOU MULHER
COMO QUALQUER UMA
COM DÚVIDAS E SOLUÇÕES
COM ERROS E ACERTOS
AMORES E DESAMORES
SUAVE COMO A GAIVOTA
E FERINA COMO A LEOA
TRANQUILA E PACIFICADORA
MAS AO MESMO TEMPO
IRREVERENTE E REVOLUCIONÁRIA
FELIZ E INFELIZ
REALISTA E SONHADORA
SUBMISSA POR CONDIÇÃO
MAS INDEPENDENTE POR OPINIÃO
PORQUE SOU MULHER
COM TODAS AS INCOERÊNCIAS
QUE FAZEM DE NÓS...
O FORTE SEXO FRACO.

Vanusa



E por falar em Mudanças...
Falemos um pouco sobre

A Vida das Borboletas


A duração da vida das borboletas é muito variável. Podem durar várias semanas ou poucos dias, dependendo das espécies. Um claro exemplo desta última é o caso do bicho-da-seda que vive tão pouco tempo que não chega a alimentar-se quando é adulta. Outras espécies vivem muito mais tempo, em particular aquelas que hibernam já na forma adulta. Mas qualquer que seja a sua duração de vida, estes insetos devem atravessar quatro fases sucessivas, duas das quais são passivas e as outras duas, ativas.
O desenvolvimento das borboletas

A primeira etapa é o estado ovo, que dura entre 3 a 8 dias. É um período passivo durante o qual se forma as larvas. As fêmeas colocam centenas de ovos na Primavera ou no Verão.
A segunda fase é a da larva, que é ativa e a mais longa do ciclo, (se não houver hibernação). Neste período, pode-se observar a mudança mais notável de tamanho, passando de um ovo que ocupa 01 mm para uma larva que facilmente alcançará os 04 cm. Para conseguir este excepcional crescimento, as larvas devem consumir quantidades consideráveis de alimentos. Este crescimento obriga-as a efetuar várias mudanças. O seu último papel é encontrar um lugar seguro para a fase da metamorfose.
A fase seguinte é a da crisálida, também chamada pupa ou casulo. Durante esta fase passiva, efetua-se uma transformação total dentro do inseto. As células que formam uma substância amarelada estão encarregues para a reorganização da anatomia do animal, do ponto de larva a borboleta. Este processo é muito complexo e ainda um pouco desconhecido para o humano. Estas crisálidas têm formas e cores diversas para facilidade a camuflagem. Esta camuflagem é importante em muitas espécies, pois hibernam nesta fase da sua evolução.
Depois da saída da crisálida começa a curta e ultima fase: a do inseto perfeito. A vida de inseto alado pode então começar. Quando não estão a descansar, as borboletas voam em buscar de alimento. Certas espécies migram em direção a vários milhares de quilômetros.
A sua vida adulta dura algumas semanas. Durante esse período, o seu objetivo principal é encontrar um companheiro para acasalar e assegurar assim a regeneração da espécie. As borboletas passam o resto do seu tempo defendendo o seu território e fugindo de eventuais predadores.

A Borboleta é o símbolo da alma, pois da mesma forma que esta abandona a crisálida para voar, o espírito também se liberta do corpo físico para ganhar espaço infinito. Representa ainda o renascimento e a imortalidade. Indica as etapas da nossa alma para atingirmos a iluminação.
“O poder da borboleta é como o ar, é a habilidade de conhecer a mente e de mudá-la, é a arte da transformação”.
No primeiro estágio - quando a ideia nasce, mas ainda não é uma realidade, é o estágio do ovo, o ponto de criação de uma ideia;
No segundo estágio - da larva, surge quando temos que tomar uma decisão;
No terceiro estágio - do casulo, é o desenvolvimento do projeto, é fazer para realizar;
E o estágio final - a transformação, é deixar o casulo e voar, é a realização!
A principal mensagem simbólica da Borboleta é: Criar, transformar, mudar e ter coragem de aceitar!


Quem decide por mim?


Um colunista conta uma estória em que acompanhava um amigo a uma banca de jornais.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro. Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
– Ele sempre te trata com tanta grosseria?
– Sim, infelizmente foi sempre assim…
– E você é sempre tão polido e amigável com ele?
– Sim, procuro ser.
– Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?
– Por que não quero que ele decida como eu devo agir.

Interessante como simples estórias conseguem nos ensinar as maiores lições! Esta aí é “como dizia minha velha professora de Matemática”: “des tipim”!
Muita Luz, Alegria Paz e Bem!

Cleide Arantes.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012



A Fada que Surgiu na Páscoa

Para Anunciar as Boas Novas

De Nosso Natal!


Daqui a um mês meu filho completará seis anos. Como o Tempo passa rápido... Parece que foi ontem que uma bela menina chegou para mim na festa das crianças que fizemos no centro e me perguntou: “Você está grávida tia!?” Respondi não! Foi uma resposta que me trouxe uma dúvida. Porque aquele “tico tico de menina” me faria aquela pergunta? Naquele dia, usava calça Jens e era magérrima! Nada em mim suspeitava gravidez. Havia sonhado tanto em “ser mãe”... Ter um menino; cheguei a fazer tratamento, e nada... Em mim, o hormônio da prolactina estava sempre altíssimo – o que em parte, dificultava a realização do meu sonho. Não havia tido coragem de partir para os meios apresentados pela ciência – pensava que se tivesse que ser mãe, seria “pelos simples caminhos de Deus”. E não é que aquele anjinho me reacendeu a Chama da Esperança e no outro dia lá estava eu no laboratório fazendo exame de sangue para confirmar ou não a suspeita de gravidez. Não falei a ninguém sobre aquele exame – nem a meu médico. O fiz bem de manhãzinha e à tardinha teria o resultado. Penso que aquele deve ter sido o dia mais longo de minha vida... Mas na hora marcada lá estava eu... Desesperada para ler o resultado... Como aquela cena havia sido repetida dezenas de vezes até as meninas do laboratório já haviam acostumado com o meu semblante de tristeza pela negatividade. MAS NAQUELE DIA FOI DIFERENTE... Antes o número era baixíssimo... Parecia ser de zero à esquerda... O que não foi naquele dia... Quando Li aquele número tão grande... Achei que algo poderia ter dado errado. Ainda tive dúvidas! Mais do que depressa liguei para meu médico, passei para sua secretária “os números” e pedi a ela para pergunta-lo se seria preciso repetir o exame para TER A CERTEZA ABSOLUTA. Logo ela me retornou dizendo que não precisava repeti-lo – estava mesmo gravidíssima; teria que me dirigir ao consultório naquele dia mesmo com urgência. Afinal já estava “com mais de quarenta anos” e algumas dicas do médico me seriam valiosíssimas. Lembro-me que na minha primeira ida ao médico disse-lhe: vou ter um menino e vai nascer no dia 28 de Dezembro. Ele pegou o Calendário sobre a mesa, fez as contas e disse: “Jamais, garota! É mais fácil nosso bebê nascer antes do que neste dia; mesmo porque ainda estará dentro do tempo de uma gravidez normal; mas no seu caso é diferente; Sem contar o fato de ter tomado por um bom tempo os hormônios para baixar a prolactina, temos o fator idade – que pode nos indicar sinais de ter que antecipar o parto – como o caso da pressão sanguínea que às vezes chega a se alterar”. Outro impedimento era que “Ele não marcava parto às quintas-feiras” – só fazia se fosse pelos sinais normais de que o bebê estava pedindo para nascer. Então fizemos um trato – Caso meu menino não nascesse até aquele dia, ele faria o parto. E assim foi: “Ele fez o parto do dia 28/12/2006, quinta-feira”... Foi Maravilhoso!... Parece história de Contos de Fadas... E Carlos Eduardo já vai completar seis anos de idade... Falando em contos de fadas, há alguns meses atrás, fomos surpreendidos com a “visita da Fada do Dente”. Que coisa esplêndida! Que acontecimento único! Agora me ficou bem explicado e entendemos que para as fadas não desaparecerem elas precisam de “nossos dentes de leite” – já que “seus bebezinhos” nascem deles. E como existem “pessoas de variadas raças” com características que as identifiquem como tal, como a cor dos cabelos, a cor da pele, a cor dos olhos, a altura, o peso; existem pessoas com sonhos grandes ou pequenos e assim também serão os bebês das fadas que nascem de nossos dentinhos – imagino que suas asas para serem grandes ou pequenas, dependam do tamanho “da fé, da esperança de dos sonhos” que alimentamos no fundo de nossos corações – já que o sangue que circula pelo nosso corpo, passando pelo coração, também alimenta “a raiz de nossos dentes e a raiz de nossos cabelos”. Vê-se então, que é mais do que justo e nobre que o guardemos em um envelope debaixo do travesseiro junto a uma moeda de um real (pois as moedas estão cada vez mais raras e as fadas precisam muito delas para acionar sua entrada de volta em seu mundo) depois que nos vem à noite em visita buscar nosso dentinho lindo e puro! Ah, pergunto-lhe, seria aquela menina que me indagou, um Anjo ou uma Fadinha encantadora da Páscoa!? Como as fadas são importantes em minha vida! Assim como O papai-noel, os gnomos, os Elfos... Mas as fadas, estas sim... Estas não podem sumir do cenário de nossas vidas jamais! O que seria de nossas boas risadas se não fossem os “botões mágicos” que elas nos presenteiam para nos ajudar a nos alimentarmos de nossas risadas!? O que seria dos bichos e dos outros seres fantásticos que dependem do trabalho delas!? Elas também às vezes nos chamam a atenção de variadas formas – e faz questão de nos deixar “com a pulga atrás da orelha” – como, por exemplo, quando deixamos em qualquer lugar algo importante ou valioso (como o cartão que recebemos de um amigo, da vovó, da priminha, etc..) – depois o procuramos desesperadamente e do nada “o bendito” aparece entre nossos pertences ou até em cima de nossa cama. Então, é claro que só pode ser “coisa de Fada!”.  Elas trabalham sem férias ou um tempinho para descansar; estão sempre ajudando todo ser vivo resolver seus problemas. Só não há registros do tempo de vida de uma fada. Acredito que elas não morram! E como ninguém consegue viver e trabalhar sem morrer por uma eternidade, acredito que chega um dia em que elas precisam parar com o seu trabalho do dia a dia e, como elas são Maravilhosas e alegres, não morrem; como as borboletas, param e se transformam em algo também deslumbrante e alegre! Com Certeza devem se transformar em Flores – pois no mundo já tem muita lagarta – por isso muitas borboletas. Agora, como as borboletas viveriam se não fossem as flores!? Com certeza até nisto as fadas pensaram para decidirem se transformar em flores. Em minha casa tenho muitas flores... Azuis, Amarelas, Vermelhas, Brancas, Roxinhas... Mas Quando saio de casa e começo a olhar ao meu redor e vejo a imensidão de flores por este mundão de Deus... Com tantas fragrâncias, cores, tamanhos, formas, me sinto Alegre e ao mesmo tempo iluminada... Meu dentinho, o dentinho de meu filho, que deixou de ser bebê, o dentinho da vovó, do meu Amor, da minha vizinha, colaborou um pouquinho para a existência de toda esta beleza... Somos Fontes de Vida! Como é bom ter a certeza de que podemos fazer tanta coisa espetacular e única sem mesmo imaginar ou mesmo ser preciso acreditar... Elas estão aí... Existem... Tem Raízes e São Mágicas... São Misteriosamente Simples de serem vistas, sentidas e vividas... Basta seguir a energia que a permite fluir... Basta sentir o Poder que Vem da Alegria de Viver. Não é atoa que decidi trabalhar com “As Essências Florais” – As essências que surgiram de um passeio mágico de um homem pelos Campos de uma cidadezinha bem distante daqui... Que agora aqui estão... A Distância não foi problema... De forma Mágica seu recado foi ao mundo passado... E Como as fadas, Ele não morreu. Está vivo! Só Ilumina, Sorri, Descansa e Assiste, com as flores outros homens e mulheres ceifarem Sua Grande Messe.

Um Feliz Natal a Você e a Todos os Seus.

Cleide Arantes.
                


                        



Como mudar o mundo


Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias e dias no seu laboratório à procura de respostas. Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário querendo ajudar o pai. Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de ficar ali, atrapalhando-o. Mas, como o menino era persistente, o pai teve de arranjar uma maneira de entretê-lo no laboratório. Foi, então, que reparou num mapa do mundo que estava na página de uma revista. Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois apresentou o desafio ao filho:
– Filho, você vai me ajudar a consertar o mundo! Aqui está o mundo todo partido. E você vai arrumá-lo para que ele fique bem outra vez! Quando você terminar, me chame ok?
O cientista estava convencido que a criança levaria dias para resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído. Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já chamava por ele:
– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!
O pai não queria acreditar, achava que era impossível um miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeça de uma imagem que ele nunca tinha visto antes. Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate digno de uma criança daquela idade. Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.
– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado da página, havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para eu consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei à folha e vi que tinha consertado o mundo.

Ter e Ser


Um pai, em uma situação muito confortável de vida, resolveu dar uma lição a seu filho ensinando o que é ser pobre. Ficaria hospedado por alguns dias na casa de uma família de camponeses. O menino passou três dias e três noites vivendo no campo.
No carro, voltando para a cidade, o pai lhe perguntou: “Como foi sua experiência?” “Boa.” respondeu o filho, com o olhar perdido à distância.
“E o que você aprendeu?”, insistiu o pai.
 O filho respondeu:
“Que nós temos um cachorro e eles têm quatro. Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas. Que importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim, enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los. Nosso quintal chega até o muro. O deles chega até o horizonte. Compramos nossa comida e esquentamos em micro-ondas, eles cozinham em fogão à lenha. Ouvimos CD’s, Mp3, eles ouvem a sinfonia de pássaros, sapos, grilos, tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho trabalhando sua terra. Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes… Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos. Vivemos conectados ao celular, ao computador, sempre plugados, neuroticamente atualizados. Eles estão “conectados” à vida, ao céu, ao sol, à água, ao campo, animais, às suas sombras, à sua família. O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou: “Obrigado, pai, por ter me ensinado o quanto somos pobres!”
Nós temos olhos para enxergar, ouvidos para escutar, mas falta a humildade em nossa mente e coração para poder sentir.



O Náufrago


Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo. E este único sobrevivente foi parar numa ilha deserta e fora de qualquer rota de navegação. E ele agradeceu novamente. Com muita dificuldade e os restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva e de animais.
 O tempo foi passando e a cada alimento que conseguia, ele agradecia. Um dia, voltando depois de caçar e pescar viu que seu abrigo estava em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Desesperado, ele se revoltou e gritava chorando: “O pior aconteceu! Perdi tudo. Deus por que fez isso comigo?” Chorou tanto que adormeceu profundamente, cansado.
 No dia seguinte, bem cedo, foi despertado por um navio que se aproximava. “Viemos resgatá-lo”, disseram. “Como souberam que eu estava aqui?”, perguntou. “Nós vimos o seu sinal de fumaça”, responderam eles.





O Quadro


Um homem havia pintado um lindo quadro…
No dia de apresentá-lo ao publico, convidou todo mundo para vê-lo…
Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, enfim, uma multidão.
Afinal, o pintor além de um grande artista, era também muito famoso.
Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro.
Houve caloroso aplauso…
Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa…
O Cristo parecia vivo.
Com ouvido junto à porta, ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discurso e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte.
Porém, um curioso observador, achou uma falha no quadro…
A porta não tinha fechadura.
E intrigado, foi perguntar ao artista…
– Sua porta não tem fechadura!
– Como se fará para abri-la?
– É assim mesmo. Respondeu-lhe o artista.
– Esta é a porta do coração humano… Só se abre pelo lado de dentro.

terça-feira, 27 de novembro de 2012


Metamorfose Ambulante


“Na vida, não existem soluções.
 Existem forças em marcha:
É preciso criá-las e, então,
A elas seguem-se as soluções.”

Antoine de Saint Exupéry



A história das moscas


Parte 1

Contam que, certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater, e afundou…
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater, a se debater por tanto tempo que, aos poucos, o leite ao redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu, com muito esforço, subir e dali levantar voo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvimos esta primeira parte da história como um elogio à persistência que, sem dúvida, é uma habilidade que nos leva ao sucesso.

Parte 2

Tempos depois a mosca tenaz, por descuido ou acidente caiu no copo. Começou a se debater, na esperança de que no devido tempo, se salvaria. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
–Tem um canudo ali, nade até lá e suba pelo canudo!
A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, e continuou a se debater, até que, exausta afundou no copo cheio de água. “Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão.”


As estações


“Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.
O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono.
Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.
O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.
O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…
O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…
Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas.
Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza do Verão, a expectativa do Outono.
Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil”.
Que ao término de mais um ano, você possa encontrar na estação da vida que vive, as graças e bonanças pertinentes a ela – sentirá, assim, que suas perspectivas, seus projetos e sonhos estarão mais próximos de serem realizados! Desista de Julgar a Vida; passe a Vivê-la intensamente, estação por estação!
Muita Alegria, Prazer, Paz e Bem em Seu Caminho!

Cleide Arantes.