quinta-feira, 30 de junho de 2011



A NUMEROLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA


“As Crianças e os Filósofos – Ambos têm algo em comum: Fazer Perguntas” (Rubem Alves).

Aprendi a gostar e a respeitar a numerologia, como “uma ciência”, desde o momento em que descobri, que a partir de algumas das interpretações, baseadas em estudos vindos de épocas bem passadas, e muito depois, experimentadas e “seguidas por Pitágoras, como por exemplo, que já possuía a concepção de que Deus é o Grande Arquiteto do Universo; já defendia a idéia de que a matemática trata de conceitos abstratos acima da realidade física; tendo defendido, inclusive, a crença em que o mundo físico pode ser estudado através da matemática”; seguido por Platão, Aristóteles e, já mais próximo aos nossos dias, São Tomás de Aquino, etc...     Descobri, desde então, que me seria possível entender, o desenrolar deste processo evolutivo, o desenrolar destes fatos historicamente vividos, e insistentemente, estudados e comparados aos nossos traços de alma e personalidade; à nossa maneira de reagir diante de uma situação bem parecida, porém, em alguns momentos, “energeticamente, falando”, bem distintos; à nossa capacidade de liderança, de adaptação, diplomacia, comunicabilidade, disciplina, raciocínio, sociabilidade, introspecção, Fé, razão, Justiça, desejo de União e solidariedade para com a coletividade; Ao que nos fora reservado como “missão, nesta vida terrena”; Às nossas perspectivas em relação a nós mesmos e aos outros, assim como ao que nos liga ou distancia daquele que se encontra ao nosso redor; Ao que podemos fazer para harmonizar nossa vida pessoal, como seres únicos que somos, em relação ao “ninho a que pertencemos” e ao caminho que vamos trilhar, diante das oportunidades que em um dado momento da vida, não podemos, em hipótese nenhuma, deixarmos passar; etc... Como os números me ajudaram a me ajudam a me conhecer, a me situar, a me preparar... Como os números me ajudam a me corrigir, a me policiar, a me transformar... Sem deixar de Priorizar a importância que Deus, O Criador de todas as Criaturas tem em minha vida. Sem me Transformar em “escrava viciada” e inflexível, diante de algumas conclusões. Estamos Seguros e Envoltos à Mão de Deus, que Criando o Universo, o Encheu de Sua Energia Criadora. Os números, com seus mistérios, fazem-se presentes em nossas vidas, desde o primeiro instante desta criação. 




 E Estudar os Números, assim como tudo o que existe na Natureza e que é fonte de Vida e Saúde, não significa, Reverenciá-los; Não significa exaltá-los; Não Significa que a Pessoa de Cleide Arantes, esteja inserida ou seja adepta de uma Cultura Pagã que “cultua uma criatura e não O Criador”.  Aqui, os números não estão sendo “deusificados” – estão sim, sendo exemplificados, interpretados à Luz “de outras experiências”, a nós repassados, como Fonte Para Interpretação “das nossas experiências do dia a dia”. Os Séculos, as Décadas, os Anos, os Meses, os Dias, as Horas os Minutos, os Segundos e suas Frações; assim como tudo o que possui um nome, carrega em sua essência a Força e a Energia de Um Número.    Ainda falaremos muito sobre a força dos números em nossa vida. Haverá, abaixo de Deus, uma Natureza Numérica Profunda, que governa todas as Coisas!? Haveria o Livro dos Números, na Bíblia, se estes não possuíssem relevante significado em nossas vidas!? Jesus não poderia ter escolhido um número de Apóstolos bem diferente do que escolheu!? Porque Jesus, sem que lhe fora pedido, trocou o Nome de Alguns de seus Apóstolos!? Estudar Numerologia é Fascinante! Conto com sua Ajuda nesta Jornada.   Longe de desconsiderar quem o é, não sou uma “ocultista” que literalmente “adora” a ciência e a matemática, subjacente à ciência. Sou um Ser, criado à Imagem e Semelhança de Deus, com Sentimento Verdadeiro de Graça, que diante de tanta Maravilha e Perfeição que desfilam frente aos meus olhos – me sinto motivada a mergulhar e ao mesmo tempo, voar, em busca de minha ampla interação, em busca de poder sentir que a minha majestosa participação como uma pequena semente que quer ser semeada... Que quer brotar... Que quer Esperar... Possa ter muito prazer em trabalhar para que os Planos de Deus Pai Possam se Cumprir. E Que “as Feiúras que meus olhos se recusam a aceitar” – Com Nome de Miséria, de Violência, de Desamor, de Exploração... Possam de Fato, um dia, não mais existir nos cenários de Nossas Vidas.
  

                                                       Cleide Arantes.

“Para isso existem as escolas: Não Para Ensinar as Respostas, mas para ensinar as perguntas. As Respostas nos permitem andar pela Terra Firme. Mas Somente as Perguntas nos permitem entrar pelo Mar Desconhecido” “Há Escolas que São Gaiolas e há Escolas que são Asas”.(Rubem Alves) 
     


quarta-feira, 22 de junho de 2011

A MENINA E O PÁSSARO ENCANTADO
Rubem Alves




Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo. Ele era um pássaro diferente de todos os demais: Era encantado. Os pássaros comuns, se a porta da gaiola estiver aberta, vão embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão.
"- Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco de encanto que eu vi, como presente para você...".
E assim ele começava a cantar as canções e as estórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.
"... Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga.
Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes. E de novo começavam as estórias.
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre. Mas chegava sempre uma hora de tristeza. "- Tenho que ir", ele dizia.
"- Por favor não vá, fico tão triste, terei saudades e vou chorar....".
"- Eu também terei saudades", dizia o pássaro. "-- Eu também vou chorar.
Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios... E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudades.
Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar.
Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada.
"- Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre. Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz".
Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera.
Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias diferentes para contar.
Cansado da viagem, adormeceu.
Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz. Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro.
"- Ah! Menina... Que é que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias...". Sem a saudade, o amor irá embora...
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas isto não aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente.
Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio; deixou de cantar. Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava.
E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...
Até que não mais agüentou. Abriu a porta da gaiola. "- Pode ir, pássaro, volte quando quiser...".
"- Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudades, eu ficarei mais bonito.
Sempre que eu ficar com saudades, você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar...
E partiu. Voou que voou para lugares distantes. A menina contava os dias, e cada dia que passava a saudade crescia. "- Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo...".
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos; e penteava seus cabelos, colocava flores nos vasos...
"- Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje...
Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o pássaro.
Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar.
AH! Mundo maravilhoso que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama...
E foi assim que ela, cada noite ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento.
- Quem sabe ele voltará amanhã....
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

 Um dos Meus Primeiros Amores – Rubem Alves
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Lembro-me que desde meus “aproximados 15 anos”, já lia Rubem Alves. Sempre fui apaixonada pelo seu jeito simples para falar de temas tão complexos, onde a apreensão de tais conteúdos, também se tornava possível sem tanto esforço. Acontecia naturalmente, como se alguém estivesse contando a mais simples das histórias... E com A MENINA E O PÁSSARO ENCANTADO, escrito por ele, pude mais uma vez, reconhecer e vivenciar “o poder que ele possui para encantar e ensinar, brincando, os Mais Nobres Valores Humanos”.

Rubem Alves


                        Meu filho de quatro anos, me deu uma aula de interpretação. Obrigada, Rubem Alves! Ele nunca freqüentou um só dia em uma escola. Mas já colhe algumas das sementes plantadas por você, nos canteiros da hortinha e do jardim que juntos estamos preparando. A Liberdade com Responsabilidade tão Defendida e Esperada por Montessori, agora, em gestos simples, semeada e abençoada por você, não é utopia – e eu hei de conseguir fazer com que ela continue fazendo parte de meus dias. Existem muitas coisas Sagradas que temos em comum, além da vida, do amor por Francisco, da vontade e o prazer de criar mundos pela escrita e pela fala, herdados de seu pai; além das chaves que nos abrem ao mundo da música clássica, que você herdou de sua mãe, e eu pude lapidar, ao lado de um dos meus primeiros amores. Existem muitas coisas Sagradas que temos em comum, além de ter descoberto a importância de nos alimentarmos do silêncio... Sinto que há em nós, muita vontade e disponibilidade de estar em constante aprendizagem e reciclagem “do longo e silencioso processo de escuta”, tendo como base, como alicerce para chegarmos ao nosso Mestre Interior, A Esperança de que nossos sonhos sempre podem assumir a forma concreta; podem caminhar em direção à Cura da Solidão e Melancolia Humana. Sito que Temos Muita Esperança nos Planos que Deus Pai tem para cada um de nós em particular. Tenho muito prazer em ser discípula de Bach... Tenho muito prazer em Partilhar dos seus ensinamentos... Em estar com você, Rubem Alves, semeando ao mundo, a Esperança que é Renovada, Fortificada e Germinada, dia a dia...  De grão em grão em nossos corações que batem fortes as notas das melodias que nos foram emprestadas, para que passássemos a propagá-las com muita Vontade de Amar...  E acima de tudo, com a Evidente Humildade, cobrada aos Semeadores de Deus. É Preciso sonhar grande... É Preciso ser pequeno... E Esperar... Prá só assim, num simples gesto de reencontrar, um Novo Encanto Brotar, como a Magia de Um Ressuscitar... E Esperar... O doce Encanto que vem da Alma... De quem Sente em Liberdade, a Vida... O sonho... Que surgem em tempo prá nos Salvar.